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quarta-feira, 22 de maio de 2013

“O cortiço” Aluizio Azevedo

Conforme texto do  livro “O cortiço de Aluizio Azevedo ”que   narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento, que para acumular capital,  explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso. Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois.Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, frequentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa.

No cortiço, paralelamente, estão os moradores de menor ambição financeira.Entre os quais destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influência do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus hábitos. Quando recebe o titulo de nobreza João Romão melhora quando o comerciante de barão e passa a ter superioridade garantida sobre o oponente. Para imitar as conquistas do rival, João Romão promove várias mudanças na estalagem, que agora ostenta ares aristocráticos. O cortiço todo também muda, perdendo o caráter desorganizado e miserável para se transformar na Vila João Romão.

O dono do cortiço aproxima-se da família de Miranda e pede a mão da filha do comerciante em casamento. Há, no entanto, o empecilho representado por Bertoleza, que, percebendo as manobras de Romão para se livrar dela, exige usufruir os bens acumulados a seu lado. Para se ver livre da amante, que atrapalha seus planos de ascensão social, Romão a denuncia a seus donos como escrava fugida. Em um gesto de desespero, prestes a ser capturada, Bertoleza comete o suicídio, deixando o caminho livre para o casamento de Romão.Embora os personagens da obra são psicologicamente superficiais, ou seja, há a primazia de tipos sociais. Os principais são: 

João Romão: taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador. Bertoleza: quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina. Miranda: comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado do cortiço. 

Jerônimo: português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho. Rita Baiana: mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço. Representa a mulher brasileira. 

Piedade: portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher europeia. 

Capoeira Firmo: mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana. 

Arraia-Miúda: representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial Alexandre.
Pensamos que as percepções que os indivíduos, grupos ou sociedades têm do lugar nos quais se encontram e as relações singulares que com ele estabelecem fazem parte do processo de construção das representações de imagens do mundo e do espaço geográfico. As percepções, as vivências e a memória dos indivíduos e dos grupos sociais são, portanto, elementos importantes na constituição do saber histórico. Faz-se necessário ressaltar que a possibilidade de inserção dos Temas Transversais nas diferentes áreas do conhecimento não é uniforme, uma vez que precisamos  respeitar as singularidade tanto dos diferentes temas quanto das áreas. Existem afinidades maiores entre determinadas áreas e determinados temas, como é o caso de Ciências Naturais e Saúde ou entre Historia, Geografia e Pluralidade cultural, em que a transversalidade é fácil e claramente identificável. Não considerar essas especificidades seria cair num formalismo mecânico. No nosso entender é possível ir além da abordagem ambiental ou dos temas transversais propostos pelos programas educacionais e aproximar a Geografia de disciplinas como a Literatura, a História, a Língua Portuguesa, as ciências Naturais, a Sociologia – neste caso em se tratando do ensino médio, a partir do uso de textos literários, letras de musicas, filmes, e das artes visuais. Compreendemos a interdisciplinaridade como a prática de cruzamento de disciplinas ou de partes do conteúdo disciplinar que eventualmente ofereçam ponto de contato nas atividades letivas, dessa forma as práticas "interdisciplinares" desde de que  professores cujas disciplinas possuam afinidades e que coincidam na organização dos horários de aulas facilitando a "integração" das mesmas disciplinas .

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